SAAE: Alerta para uso consciente da água com tempo seco – Economizar para não faltar f551e

Diversas regiões do Brasil estão enfrentando as consequências de um período prolongado de estiagem. A preocupação das autoridades é que esse cenário possa se intensificar com a chegada do fenômeno climático La Niña no segundo semestre de 2024.
Dados do (ONS), Operador Nacional do Sistema Elétrico mostram que o volume de água afluente em importantes reservatórios de hidrelétricas vem diminuindo gradualmente. Por exemplo, em janeiro de 2023, a usina de Furnas registrou uma entrada de cerca de 3 mil m³ por segundo, enquanto em janeiro de 2024 esse número caiu para pouco mais de 800 m³ por segundo.
Embora os reservatórios ainda operem com níveis adequados, a tendência de queda preocupa as autoridades.
O Diretor do SAAE de Carmo do Cajuru, Engenheiro Fabio Rabelo de Melo, alerta que cada um de nós pode e deve fazer a sua parte para economizar água. Nossa responsabilidade, no presente, é o que garantirá nossa qualidade de vida, no futuro.
Lavar calçadas, quintais e veículos, eleva o valor da tarifa, reduz volume de reservatórios e abre a ‘torneira do desperdício’.
Lavar calçadas, garagens, quintais, telhados, cômodos e veículos com mangueiras pode ser uma atitude com consequências severas a curto prazo. Afinal, a água potável que é esbanjada ou desperdiçada agora pode fazer falta em um futuro bem próximo. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, o uso consciente por habitante para atender as necessidades básicas de consumo e higiene, é por volta de 3,3 mil litros por ano, ou o equivalente a 110 litros por dia. No Brasil, ainda de acordo com dados da ONU, cada habitante usa, em média, 200 litros por dia, quase o dobro da quantidade recomendada.
CALÇADA/250 LITROS DE ÁGUA – Ao lavar uma calçada com mangueira durante 15 minutos, quando a pressão da água é razoável e moderada, segundo especialistas, o consumo pode chegar por volta de 250 litros. Ou seja: você terá ultraado o dobro da sua cota per capita/dia estimada pela OMS, além de pagar por esse excesso na tarifa e promover desperdício também. A limpeza da calçada deve, tradicionalmente, ser feita pela varrição (o uso da boa e velha vassoura) a não ser nos casos em que a água utilizada para essa finalidade de lavagem seja de reuso ou água da chuva. Outras opções para substituir a mangueira são o balde e o regador de plantas.