O lançamento de água de chuva na rede de esgoto é irregular e é considerada uma infração, conforme artigo 148 da resolução nº 132 da ARISB (Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais), que estabelece as condições gerais de prestação de serviços públicos, e essa irregularidade é ível de multa, além de comprometer também o funcionamento da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Carmo do Cajuru, a qual entrou em operação no dia 1º de outubro de 2021. Quando as águas da chuva são lançadas equivocadamente na rede de esgoto, aumentam as chances de extravasamentos, com o retorno do esgoto para as residências. Normalmente isso acontece, pois a tubulação usada para os efluentes foi dimensionada para coletar o esgoto, e não a o volume de água, e acaba sobrecarregando o Sistema de Esgotamento Sanitário. A recomendação é coletar a água da chuva, de lavagem, escoamento de ralos e calhas, e desviar para sarjeta ou galeria de água pluvial, e posteriormente essa água chega até um corpo receptor, como córregos, ribeirão, rios, entre outros.
Da mesma forma, o esgoto despejado incorretamente na rede de drenagem pluvial causa problemas ambientais, pois ao invés de ser conduzido para Estação de Tratamento, são lançados diretamente nos córregos, rios, poluindo os mesmos. Além de todos os problemas apontados acima, o lançamento de água de chuva no esgoto também pode comprometer a eficiência da Estação de Tratamento de Esgoto, pois ocorre à diluição do esgoto, diminuindo a concentração de matéria orgânica, e consequentemente, pode matar as colônias de bactérias nos reatores da ETE. O SAAE estará iniciando uma fiscalização em todos os imóveis do município para verificar quais estão despejando água de chuva no esgoto, e estará notificando e dando um prazo para regularizar a situação, e caso não seja regularizada, serão aplicadas as multas e sanções cabíveis.
Por isso, o SAAE solicita que os imóveis que estão irregulares, que já efetuem as obras ou reparos, para que sejam retirados esses lançamentos irregulares de água pluvial da rede de esgoto. Outra medida importante é que não devem ser jogados na rede de esgoto materiais como absorventes, papel, embalagens, cigarro, fio dental, óleo de cozinha, preservativo, dentre outros materiais que não sejam caracterizados como esgoto, pois além causar obstrução em vários pontos do sistema de esgotamento sanitário, também comprometem o funcionamento das bombas das elevatórias, vindo a danificá-las.
O esgoto que sai da pia, da cozinha e da churrasqueira devem ar por uma caixa de gordura antes de chegar até as redes coletoras do Saae. Os resíduos armazenados nesta caixa devem ser retirados, periodicamente, para evitar que entupam a rede e provoquem o retorno do esgoto para dentro da residência. Alguns cuidados listados como o não lançamento de água de chuva e determinados materiais no sistema de esgotamento sanitário, contribuem e muito para evitar diversos problemas apontados anteriormente, e também, propiciará que a nossa ETE atinja um ótimo índice no seu tratamento, contribuindo com o meio ambiente, devolvendo o efluente tratado ao nosso grandioso e importante rio Pará.
SAAE de Carmo do Cajuru, cuidando da nossa água, cuidando da nossa gente!
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