domingo, junho 15, 2025
Colunista

Livros, escritores e o arraiá literário d4c2l

“Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz um livro, um governo, ou uma revolução, alguns dizem que assim é que a natureza compôs as suas espécies.” (Machado de Assis)

Este mês de julho deverá entrar para a história de Carmo de Cajuru, pelo menos ao que tange à literatura, escritores e letras de todas as vertentes. Julho, que geralmente é frio, começou quente, aquecido pelo calor das barraquinhas com suas comidas calóricas e, extremamente, saborosas; com emanações fraternas e amistosas que são próprias de um povo amigo e solícito, como o povo cajuruense.

E foi neste mês que aconteceu o primeiro Arraiá Literário, concomitante à Feira Gastronômica que já acontece há alguns anos. Dois eventos que se complementaram, um alimentava a alma, o outro alimentava o corpo. E saímos abastecidos. Mente expandida; a robustez física para ar as adversidades próprias da estação.

Tudo quase perfeito, mas nada que não possa ser aprimorado. E aqui ressalto a homenagem a um escritor divinopolitano. Por que não homenagear um escritor cajuruense? Nada contra o escritor das terras do divino, mas a festa era nossa, e temos tanta gente para homenagear: Professor Oswaldo Diomar; Ernane Reis; Célio Cordeiro, Fátima Quadros; dentre tantos outros batutas. Gente que tem seu nome escrito na história desta terra.

Feito o desabafo, agora é vida que segue. É rezar para que os novos governantes tenham a mesma sensibilidade. Que possamos estar juntos outra vez: escritores daqui; da ADL – Academia Divinopolitana de Letras; da AIL – Academia Itaunense de Letra; da ISAL – Academia Salgadense de Letras; ou mesmo aqueles que são iradores da boa literatura.

Aproveito para parabenizar o prefeito, Edson Vilela, pela iniciativa pioneira; a secretária de Educação e Cultura, Virginia Morais, pelo empenho com que se dedicou para que o evento se tornasse um marco na história de Carmo do Cajuru; ao amigo Cleiton Vilela, solícito como sempre e, principalmente, a Fernanda da biblioteca, que com zelo e diligência, além da medida, amparou a nós todos, (escritores, contadores de histórias e pessoas afins).

Parafraseando Machado de Assis, “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra ideia…” e assim pude, não só, relançar meu livro “Um Bilhete para Adélia Prado”, mas fazer novos amigos de letras e, além de tudo, deixar um pedaço de mim na história desta cidade que já é parte de minha vida.